sexta-feira, 2 de novembro de 2012

PROPÓSITO DE VIDA



Quero falar um pouco sobre propósito de vida — aquilo que responde perguntas internas do tipo “por que faço o que faço? Qual a real diferença que agrego ao mundo e ao meu mundo, no meu trabalho, na minha vida pessoal?  Qual serviço presto ao mundo (ou ao meu mundo pessoal) que me faz único? Trabalho à serviço de quê?”. 

Tenho atendido muitas pessoas atualmente que se queixam de angústia profunda, de desesperança, de apatia ou até de pânico, e tenho percebido que a principal fonte criadora dos desequilíbrios é a falta de propósito de vida.

E aqui é bom separar propósito de... meta. Meta é, por exemplo, ter a intenção de comprar uma casa—e esforçar-se para realizá-la. Propósito é aquilo que te move, dá sustentação e sentido às tuas decisões e às tuas ações.

No mundo atual, de muita velocidade, de desafios e mudanças constantes, a não clareza do propósito de vida produz muitos sintomas de desequilíbrios, físicos e emocionais. É ele que dá ancora para nos manter firmes, neutros, confiantes, com fé, resilientes — para não nos perder em nós mesmos, desfocados devido a tantos estímulos, desafios e mudanças exteriores.

Para encontrá-lo (ou melhor, reconhecê-lo) o primeiro passo é estar mais no presente, no aqui e agora — para inicialmente discernir aquilo que é preciso decidir, fazer/entregar com urgência, daquilo que é prioritário e/ou necessário decidir/fazer/entregar/dizer. O excesso de preocupação, de pensamentos, de tensão, de raivas, ressentimentos, de medos, faz o foco e a confiança esvaírem-se. Cuide-se. Trate-se. Para não ficar perdendo tempo, girando em círculos, patinando no lodo da angústia, da irritação, do medo, da...

O tema – propósito de vida — é amplo, vale esmiuçá-lo num livro, coisa que estamos finalizando, para ser publicado em breve. O que importa aqui é perguntar: o que você faz com mais facilidade e amorosidade? Você reconhece seu propósito naquilo que ama ser e fazer.
Miguel Filliage - 9 9658 5612

PROPÓSITO DE VIDA


Quero falar um pouco sobre propósito de vida — aquilo que responde perguntas internas do tipo “por que faço o que faço? Qual a real diferença que agrego ao mundo e ao meu mundo, no meu trabalho, na minha vida pessoal?  Qual serviço presto ao mundo (ou ao meu mundo pessoal) que me faz único? Trabalho à serviço de quê?”. 

Tenho atendido muitas pessoas atualmente que se queixam de angústia profunda, de desesperança, de apatia ou até de pânico, e tenho percebido que a principal fonte criadora dos desequilíbrios é a falta de propósito de vida.

E aqui é bom separar propósito de... meta. Meta é, por exemplo, ter a intenção de comprar uma casa—e esforçar-se para realizá-la. Propósito é aquilo que te move, dá sustentação e sentido às tuas decisões e às tuas ações.

No mundo atual, de muita velocidade, de desafios e mudanças constantes, a não clareza do propósito de vida produz muitos sintomas de desequilíbrios, físicos e emocionais. É ele que dá ancora para nos manter firmes, neutros, confiantes, com fé, resilientes — para não nos perder em nós mesmos, desfocados devido a tantos estímulos, desafios e mudanças exteriores.

Para encontrá-lo (ou melhor, reconhecê-lo) o primeiro passo é estar mais no presente, no aqui e agora — para inicialmente discernir aquilo que é preciso decidir, fazer/entregar com urgência, daquilo que é prioritário e/ou necessário decidir/fazer/entregar/dizer. O excesso de preocupação, de pensamentos, de tensão, de raivas, ressentimentos, de medos, faz o foco e a confiança esvaírem-se. Cuide-se. Trate-se. Para não ficar perdendo tempo, girando em círculos, patinando no lodo da angústia, da irritação, do medo, da...

O tema – propósito de vida — é amplo, vale esmiuçá-lo num livro, coisa que estamos finalizando, para ser publicado em breve. O que importa aqui é perguntar: o que você faz com mais facilidade e amorosidade? Você reconhece seu propósito naquilo que ama ser e fazer.
Miguel Filliage - 9 9658 5612

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

PRIMAVERA-UM NOVO CICLO



Tenho atendido cada vez mais pessoas que se queixam de vários sintomas físicos e emocionais, cuja causa é uma só. E não é invasão de vírus. E nem herança genética. Os sintomas vão de depressão a falta de alegria e pânico; de gastrite a enxaquecas; de insônia a compulsão (de comer, de sexo, de fumar, etc); de baixa energia a falta de entusiasmo pela vida.

A causa: a reatividade. A não aceitação de um acontecimento que ocorreu na sua vida—pessoal, profissional ou afetiva. A pessoa não consegue digerir o que lhe aconteceu, não aceita, resiste. Diz não para o fluxo da vida. Não quer mudar, não quer sair daquele lugar onde se encontra. E fica ali, naquela trincheira de mentira, resistindo, não se conformando, sentindo-se vitima; às vezes magoada, ressentida, outras vezes desfocada, com medos exagerados e sem entusiasmo algum. Bom, a partir daí o corpo precisa gerar alguma doença física para sintetizar aquele momento da pessoa.

Aceitar e entender aquilo que lhe acontece é o melhor caminho para se curar e também para não gerar novas doenças (veja texto mais completo sobre aceitação no meu blog: www.miguelfilliage.blogspot.com ). 

Se não está dando conta, procure ajuda. Sempre achamos que podemos controlar quase todas as situações de nossa vida. O fato concreto é que controlamos muito pouco. As coisas acontecem e só temos uma alternativa: aceitar, acolher, agir, mudar. Sem resistência. A vida não é o que você acha que deveria ser; a vida é o que é.

Entenda: sua vida é mudança contínua. Assim como na natureza. Agora que estamos entrando na primavera, é bom aprender com ela. Os ciclos de morte e renascimento. Todos nós queremos sempre renascer, e a primavera inspira a renovação. Antes, porém, é preciso morrer.

Nos últimos 10 anos a velocidade dos acontecimentos, das mudanças, quadruplicou—e isto traz mais situações inesperadas para sua vida. Aceite, aprenda com elas, flua, surfe, diga sim, não empaque, abrace a nova causa, mesmo que à princípio não concorde. Concordando ou não, aquilo que esta acontecendo, continuará. Entenda e harmonize seu ego: você não vai conseguir fazer um gato latir, por mais que tente. Aceite. E mude. 

A verdade é que todo mundo quer, deseja sempre renascer... mas poucos aceitam morrer — preferem continuar apegado ao seu jeito de ser, a sua maneira de fazer e pensar, de entender o mundo, etc. Necessitamos aprender a morrer muitas vezes em vida — mudando de opinião, sendo mais compassivo, mais receptivo, proativo.

Se perceber que ainda está em alguma trincheira... resistindo, saia desse lugar. Vai fazer um bem danado para sua saúde física, emocional, mental e espiritual. Inspire-se na natureza.

Boa primavera,

Miguel Filliage
011 3672 4421 / 99658 5612

segunda-feira, 9 de julho de 2012

Entrevista com Amit Goswami


Vou reproduzir aqui dois trechos de entrevista que o físico Amit Goswami concedeu a Lauro Henriques Jr., no livro Palavras de Poder, editado pela Leya. O livro, dividido em dois volumes, traz entrevistas que Lauro fez com grandes nomes da espiritualidade e do autoconhecimento no Brasil e no mundo. Palavras de Poder vale a pena.
Filho de um guru hinduísta, Amit Goswami é Ph.D. em física quântica pela Universidade de Calcutá, na Índia, e professor emérito do Instituto de Física da Universidade de Oregon, nos EUA, sendo um dos pioneiros nos estudos que buscam conciliar a ciência e a espiritualidade.
Aos 74 anos, escreveu vários livros que se tornaram best-sellers mundiais. Como afirma: “a consciência é o fundamento de todo o ser. Além de nosso lado racional, temos que integrar nosso lado místico e intuitivo. Desse mergulho em nossa paisagem interna é que vem o salto quântico que nos permite agir com foco e direção”.
PERGUNTA: Em seu livro O Médico Quântico, o senhor também escreve sobre a necessidade de se integrar a medicina tradicional e a alternativa. Pode falar sobre isso?
Amit: No campo da medicina, nós nos tornamos tão dependentes de drogas para nos mantermos livres da dor, nós as ingerimos tão irrefletidamente, que não percebemos uma triste realidade: esses medicamentos farmacêuticos que prometem aliviar o sofrimento, no fim, quase sempre trazem ainda mais dor, pois tem danosos efeitos colaterais, que eventualmente cobram seu preço no corpo. No fundo, é como se estivéssemos tomando veneno, sob a forma dos efeitos colaterais. A alopatia tem um papel importante, sem dúvida, mas ela deve ser usada como uma medicina emergencial, para nos manter vivos em situações de emergência. A verdadeira saúde significa viver em completude, e é isso o que propõe a nova medicina holística, que integra práticas já comprovadas, como a acupuntura e a homeopatia. À medida que aprendermos a cuidar de nos mesmos de forma mais holística, vamos ver por mais tempo e com mais saúde.
PERGUNTA: O filósofo Friedrich Nietzsche dizia que uma espécie de oração de cada pessoa antes de iniciar o dia deveria ser um pensamento do tipo “hoje vou dar alegria a alguém”. Em sua opinião, qual dever ser a oração de cada pessoa para começar o dia?
Amit: Há muitas formas de oração, mas gosto muito daquilo que a física quântica nos diz, que a nossa intenção conta, que a intenção pode ser um instrumento para nos sintonizarmos com o movimento maior da consciência. O segredo é deixar as minhas intenções pessoais se alinharem com esse movimento evolutivo da consciência. Para tanto, a cada momento, é essencial ter clareza sobre qual é o arquétipo que está pedindo mais a nossa atenção—amor, beleza, justiça, verdade, bondade, abundancia, tudo isso é parte do nosso eu, tudo é uma busca legitima. Então, uma vez que isso esteja claro, eu manifesto a intenção de realizar esse arquétipo em minha vida. Sempre lembrando duas coisas essenciais: que minha intenção deve incluir os outros e que, na realidade, não é a minha intenção que de fato vai fazer algo, pois tudo acontece no nível da consciência holística, não local, que é a consciência de todos.
Em suma, digamos que a minha intenção é ser mais amoroso, então eu posso dizer: “Que eu e todos os seres sejamos mais amorosos e que minha intenção entre em ressonância com a intenção da vontade divina”. Em seguida, eu me calo. Porque toda oração deve acabar em silêncio — em palavras, é só o ego falando; somente no silêncio a consciência não local pode se manifestar. É assim que eu começaria a minha manhã.

segunda-feira, 25 de julho de 2011

VALE A PENA LER "PALAVRAS DE PODER"

Foi lançado recentemente um livro, dividido em dois volumes, Palavras de Poder, do jornalista e amigo Lauro Henriques Jr., que vale a pena ler. Um dos volumes tem entrevistas com personalidades brasileiras e o outro com expoentes internacionais. Editado com requintes pela Leya, os dois volumes são água e vegetação fresca no deserto.
No volume brasileiro, são 14 os entrevistados. Vou pinçar um trecho da entrevista com a Monja Coen, lider zen budista brasileira.
Pergunta: em vez de dizer "tudo é sofrimento", podemos dizer "tudo é aprendizado"?
Resposta: Sim, podemos. Buda fala sobre a questão do sofrimento quando discorre sobre as "quatro nobres verdades" e, após analisar a natureza da dor, ensina o caminho para cessar o sofrimento. E o primeiro passo nesse caminho é a memoria correta acerca do que é a realidade. Por exemplo, tinha uma musica antiga que dizia: "ame a pessoa com quem voce está". Isso é memória correta. em vez de reclamar que as pessoas à sua volta não prestam, procure ver a realidade. Perceba que há muita beleza nessas pessoas, que elas também tem qualidades, que voce pode amá-las. Assim, em vez de querer o que está distante, o inalcançável, aprecie o que acontece agora em sua vida. Com esse tipo de postura, o que era sofrimento torna-se uma oportunidade de aprendizado da vida, em vida.

Pergunta: onde entra o caminho do meio ensinado no Budismo?
resposta: o caminho do meio é o que permite seguir pela vida sem apegos e, ao mesmo tempo, sem aversões. É a consciencia obtida por Buda após ter experimentado dois extremos em sua vida: a opulencia de um principe e, depois, a renuncia radical de um asceta, que nem comia. e Buda concluiu que tanto o caminho do excesso quanto o da aversão não levam a lugar nenhum, que é preciso trilhar o caminho do meio. E que caminho é esse? É o caminho da flexibilidade. Não nego minhas necessidades, mas, ao mesmo tempo, não busco satisfazer todas elas. Meu papel é perceber qual atitude é a mais adequada a cada momento, a cada circunstancia.

Vou postar mais alguns trechos de entrevistas depois. Vale a pena ter os dois volumes do livro Palavras de Poder, um projeto inteligente e feliz.

quarta-feira, 11 de maio de 2011

COLOQUE-SE NA AGENDA PARA TER SAÚDE

Este artigo foi publicado na revista Card News, edição de abril de 2011--uma publicação destinada aos executivos da área de cartões e do mercado financeiro. Vale a pena ler.


Miguel Filliage (*)
Nenhum executivo discorda: o nível de estresse dentro do ambiente organizacional está altíssimo. A alucinante velocidade do mundo contemporâneo e sua complexidade, traduzidos em conflitos e desafios contínuos, vem causando bastante estrago na vida profissional e pessoal, reduzindo muito a performance no trabalho e gerando verdadeiras epidemias de sintomas crônicos.  Basta olhar em volta e constatar pessoas próximas tomando remédios para pressão alta, para controlar o diabetes, para ansiedade, depressão, para dores aqui e ali, para insônia...
As novas tecnologias de informação vêm ocasionando brutal aceleração no planeta. Nos últimos 10 anos o mundo quadriplicou sua velocidade e o conhecimento da humanidade vem dobrando a cada ano, segundo estudos de universidades européias. Isto impacta decisivamente nas pessoas. Há 10 anos, por exemplo, depois de um desafio importante, a pessoa tinha alguma folga para se recompor, se reequilibrar, respirar, aliviar-se. Hoje, os desafios profissionais e pessoais são diários, e os corpos emocional, mental e físico sofrem muito.
As mudanças são contínuas, às vezes surpreendentes, e, como se sabe, ninguém gosta de mudanças. E quanto mais se resiste a elas, mais se manifesta os medos, a irritabilidade, a angústia, a desmotivação, a falta de perspectiva, entre outros temas emocionais e mentais — sem falar nos sintomas físicos gerados pelo corpo emocional: dores de cabeça, lombares, nos joelhos, ciático, queimação no estomago, cistite, palpitação, alergias, insônia... os sintomas são muitos.
Atendo todos os dias executivos com queixas emocionais diversas que resultam em baixo desempenho no trabalho que, depois, transformam-se em sintomas físicos.  Dou um conselho: Quer fazer sucesso, ser proativo, ser reconhecido? Então abra a agenda e se coloque nela. Vá se cuidar. Faça esporte, yoga, meditação, acupuntura, terapia, procure mais seu médico, faça mais por você. Tudo para ampliar a paz interna. Saúde para as medicinas orientais está ligada a paz e não à ausência de sintomas físicos. Sem paz interna, os desequilíbrios se multiplicam.  
A Organização Mundial da Saúde lista alguns sintomas gerados pelo estresse. Se tiver mais de três destes desequilíbrios, a OMS considera que a pessoa já está manifestaesteja com estresse crônico. Ou seja, você não está vibrando no seu melhor, mas colocando para fora o seu, digamos, pior.
Alguns sintomas:
  • Diminuição da atenção plena, da memória recente e do nível de concentração;
  • Exagerando no álcool ou no fumo;
  • Dormindo muito ou tendo insônia;
  • Sentindo palpitação, tontura, falta de ar, formigamento dos braços;
  • Comendo compulsivamente ou perdendo a fome;
  • Sendo impulsivo, nervoso, sem paciência, agressivo, agitado, apático ou triste e de mau humor;
  • Com queimação no estomago e/ou regurgitação acida;
  • Com aperto no peito e/ou muita vontade de chorar;
  • Com desânimo, sem entusiasmo, sem vontade, com medos exagerados, vibrando no pessimismo ou na dúvida;
  • Como dores lombares, enxaquecas, etc.
A maioria das doenças crônicas (emocionais ou físicas) da sociedade moderna resulta da falta de contato da pessoa com seu centro, o self, segundo Jung. Em vez de amor, de aceitação, de discernimento, emergem com vigor medos, ressentimentos, mágoas de si mesmo, dos outros, do mundo. Vivemos num mundo do ter, estamos sempre para fora, fazendo, agindo, controlando, etc. Voltar-se um pouco para dentro, para ser, nutri, harmoniza, equilibra, gera saúde plena.
Abra sua agenda e coloque-se nela.
(*) Miguel Filliage é terapeuta, escritor, há quase 20 anos trabalha e é especialista em Medicina Oriental, especialmente da Medicina Tradicional Chinesa e Tibetana. E-mail: miguelfilliage@cciencia.com.br  fones: (11) 5096 3582 / 5096 0809.

domingo, 24 de abril de 2011

A PAUSA QUE CURA

Miguel Filliage (*)
Depois de um feriado prolongado, como este de Páscoa, voltamos ao mundo melhores, especialmente se nos proporcionamos mesmo uma pausa, um descanso verdadeiro. O momento da pausa é fundamental para o equilíbrio físico e emocional. Sem a pausa, não existe música.
Somos pendulares, um pouco para fora, criando, fazendo, disputando, agindo, etc. E um pouco para dentro, para se nutrir através do silêncio interno, para ser. A civilização contemporânea prioriza um lado do pêndulo, o ter, a felicidade está nos símbolos, no consumo, fora, no ego. Esta opção traz muita desarmonia emocional, gerando, depois de algum tempo, doenças crônicas. É claro que bem antes dos sintomas físicos aparecerem, sinais de desequilíbrios são visíveis, quando nos percebemos com excesso de preocupações, nervosismos, angústias, impaciências, chatices, sem foco e sem perspectiva, memória fraca, etc. Uma das maneiras de se tratar é proporcionando a si mesmo uma pausa, para gerar paz. A pausa nutre e cura. E se não estiver conseguindo essa volta a si mesmo, procure ajuda. Vá se tratar.
Vivemos num mundo dual, sim e não, luz e sombra, yin e yang, ação e não ação, o pêndulo deve balançar suavemente de um lado para o outro. Na tradição judaica, a pausa começa na sexta-feira à noite. É o Shabat, o descanso após o final do ciclo semanal de trabalho. O rabino Nilton Bonder aponta: “a noite é pausa, o inverno é pausa, mesmo a morte é pausa. Onde não há pausa, a vida lentamente se extingue. Para um mundo no qual funcionar 24 horas parece não ser suficiente, onde o meio ambiente e a terra imploram por uma folga, descansar se torna uma necessidade do planeta”.
Mesmo quando aparece um feriado como este de Páscoa, de quatro dias, tendemos a continuar a nos identificar com apenas um lado do pêndulo. “Hoje o tempo de pausa é preenchido por diversão e alienação. Lazer não é feito de descanso, mas de ocupação. A própria palavra entretenimento indica o desejo de não parar”, mostra Bonder.
Nilton Bonder dá outros exemplos expressivos:
·        nossos namorados querem “ficar”, trocando o “ser” pelo “estar”;
·        quem tem tempo não é sério, quem não tem tempo é importante;
A pausa, porém, é que dá sentido à caminhada; a prática espiritual deste milênio será viver as pausas.
Precisamos nos permitir e nos acostumar com as pausas. E elas não necessitam ser de quatro dias. Podem ser de momentos ao longo do dia. Colocando-se na própria agenda. Uma pausa no dia para fazer acupuntura, para praticar yoga, para exercitar-se, para meditar, para... voltar-se para você, para se tratar, para nutrir-se, para curar-se, para voltar-se para dentro, para o pêndulo funcionar — para ser um pouco mais yin. É o nosso lado feminino, yin, que cria, que decide, que percebe, que tem clareza. O nosso lado masculino, yang, é o que realiza. O yin é general; o yang é soldado. Quando estamos com o nosso lado yin nutridos, decidimos melhor, fazemos escolhas menos inconscientes, somos proativos, geramos mais prosperidade e saúde plenas.
Que você proporcione algumas pausas conscientes em sua vida. A sua saúde física, financeira, emocional, mental e espiritual será totalmente resgatada quando o pêndulo funcionar com harmonia.
(*) Miguel Filliage
Naturista (CRT 32280), escritor, há quase 20 anos trabalha e é especialista em Medicina Clássica Taoísta e Tibetana e fitoessenciais vibracionais, com pós graduação em Psicologia Transpessoal. Emails: miguel@clisf.com.br , miguelfilliage@cciencia.com.br