Quero falar um pouco sobre propósito de vida — aquilo que
responde perguntas internas do tipo “por
que faço o que faço? Qual a real diferença que agrego ao mundo e ao meu mundo,
no meu trabalho, na minha vida pessoal? Qual
serviço presto ao mundo (ou ao meu mundo pessoal) que me faz único? Trabalho à
serviço de quê?”.
Tenho atendido muitas pessoas atualmente que se queixam
de angústia profunda, de desesperança, de apatia ou até de pânico, e tenho
percebido que a principal fonte criadora dos desequilíbrios é a falta de
propósito de vida.
E aqui é bom separar propósito de... meta. Meta é, por
exemplo, ter a intenção de comprar uma casa—e esforçar-se para realizá-la. Propósito
é aquilo que te move, dá sustentação e sentido às tuas decisões e às tuas
ações.
No mundo atual, de muita velocidade, de desafios e mudanças
constantes, a não clareza do propósito de vida produz muitos sintomas de
desequilíbrios, físicos e emocionais. É ele que dá ancora para nos manter firmes,
neutros, confiantes, com fé, resilientes — para não nos perder em nós mesmos,
desfocados devido a tantos estímulos, desafios e mudanças exteriores.
Para encontrá-lo (ou melhor, reconhecê-lo) o primeiro passo é
estar mais no presente, no aqui e agora — para inicialmente discernir aquilo
que é preciso decidir, fazer/entregar com urgência,
daquilo que é prioritário e/ou necessário
decidir/fazer/entregar/dizer. O excesso de preocupação, de pensamentos, de
tensão, de raivas, ressentimentos, de medos, faz o foco e a confiança
esvaírem-se. Cuide-se. Trate-se. Para não ficar perdendo tempo, girando em
círculos, patinando no lodo da angústia, da irritação, do medo, da...
O tema – propósito de vida — é amplo, vale esmiuçá-lo num
livro, coisa que estamos finalizando, para ser publicado em breve. O que
importa aqui é perguntar: o que você faz com mais facilidade e amorosidade?
Você reconhece seu propósito naquilo que ama ser e fazer.
Miguel
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