Miguel Filliage (*)
No complexo e desafiante mundo do terceiro milênio, manter-se com qualidade de vida, com saúde física e emocional, não é empreitada fácil. Como se sabe, excesso de estresse gera muitas doenças crônicas—intimamente ligadas às vivencias emocionais não totalmente resolvidas ou compreendidas. Somos co-autores de nossas doenças e não vítimas. Elas somente expõem em sintomas físicos aquilo que temos dentro não resolvido. Até um simples resfriado pode estar sendo manifestado por desarmonia emocional. Recentemente recebi um texto enxuto, um pouco poético, mas que traduz verdades que a medicina homeopática e as medicinas orientais já sabem há séculos. Harmonizar as causas emocionais proporciona curas que para muitos olhos são verdadeiros milagres. Não são. Vivencio isto todos os dias no consultório. Vou reproduzir alguns itens recebidos e depois vou dar uma dica preciosa para você começar a ampliar sua qualidade de vida física, emocional e mental:
§ O resfriado, por exemplo, escorre quando o corpo não chora;
§ A dor de garganta manifesta quando não é possível comunicar as aflições;
§ O estomago dói ou arde quando as raivas não conseguem sair;
§ Os diabetes invadem quando a solidão dói;
§ O corpo engorda quando a insatisfação aperta;
§ A dor de cabeça deprime quando as duvidas aumentam;
§ O coração desiste quando o sentido da vida parece terminar;
§ O coração enfarta quando experimenta a ingratidão;
§ A alergia aparece quando o perfeccionismo fica intolerável;
§ As unhas quebram quando as defesas ficam ameaçadas;
§ O peito aperta quando o orgulho e a resistência escravizam;
§ A pressão sobe quando o medo aprisiona;
§ As neuroses paralisam quando a “criança interna” tiraniza;
§ A febre esquenta quando as defesas detonam as fronteiras da imunidade
A lista de sintomas crônicos é infinita, com causas, quase sempre, impregnada nos corpos emocional e mental. Quando as doenças se manifestam é um grito de alerta dos nossos corpos emocional, mental e espiritual de que não está havendo fluidez, aceitação, gratidão e amorosidade em alguma área de nossa vida — ou no pessoal, no afetivo, no profissional ou nos relacionamentos... Estamos resistindo, não digerindo, escolhendo ter razão (atributo do ego) e não dando ouvidos à alma, que deseja fluir, ser feliz. Se tivéssemos mais traquejos para explorar e harmonizar nosso mundo interno não teria tantas doenças manifestadas.
Por isso, a meditação é tão fundamental hoje em dia — para entrar em contato com o outro lado do pêndulo. Tudo na vida é pendular. Depois da expansão vem à retração, fora e dentro. Num mundo tão para fora, veloz — do ter — é preciso voltar-se para dentro, para ser — e também para agradecer, aceitar-se, aceitar mais, louvar, ficar no presente em contato com nosso mestre interno, com nossa alma, nosso centro. Somos responsáveis pelas nossas doenças, mas também podemos ser pela nossa cura. Meditar por pelo menos dez minutos por dia, para agradecer e abrir-se, sem tantos medos, ao que se apresenta, produz mais paz, sinônimo de saúde para os orientais. A cura e a prosperidade começam por ai. A vida é o que é e não o que achamos que seja.
Miguel Filliage
Naturista (CRT 32280), escritor, há quase 20 anos trabalha e é especialista em Medicina Clássica Taoísta e Tibetana; e fitoessenciais vibracionais, com pós graduação em Psicologia Transpessoal. Emails: miguel@clisf.com.br , miguelfilliage@cciencia.com.br